O Japão está lidando com uma crise crescente na área de cuidados a idosos e pessoas com deficiência, impulsionada pela baixa remuneração e pela falta de mão de obra local. A situação é considerada crítica, especialmente em grandes cidades como Nagoya, onde exemplos concretos revelam a dimensão do problema.
Kondo, um homem de 39 anos que vive acamado após um acidente, depende integralmente da ajuda de cuidadores. Atualmente, ele é assistido por um estudante estrangeiro de Bangladesh. Casos como o de Kondo têm se tornado cada vez mais comuns, à medida que a população japonesa envelhece e o interesse dos jovens locais por essas profissões diminui.
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Segundo estimativas oficiais, o Japão já enfrenta um déficit superior a 200 mil cuidadores, número que pode saltar para 600 mil nos próximos 15 anos, caso não haja mudanças significativas nas políticas de trabalho e imigração.
O principal obstáculo é a baixa remuneração: o trabalho de cuidador exige preparo físico e emocional, mas os salários oferecidos não são atrativos. Como resultado, muitos japoneses evitam essa carreira, o que tem aberto espaço para a contratação de estrangeiros, sobretudo de países asiáticos.
Apesar da dedicação desses profissionais, especialistas alertam que, sem um plano de valorização salarial e formação técnica, o sistema de cuidados corre risco de colapsar. Com uma das populações mais envelhecidas do mundo, o Japão precisará repensar com urgência suas estratégias de bem-estar social para evitar uma crise humanitária silenciosa nas próximas décadas.
Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução

