O cenário político japonês se aproxima de um momento decisivo. As eleições para o Senado, marcadas para julho, podem determinar a continuidade do governo do primeiro-ministro Ishiba e abalar o poder do partido que domina a política japonesa há décadas.
A recente derrota do partido governista nas eleições locais em Tóquio foi interpretada como um sinal de enfraquecimento. Em declarações à imprensa, o próprio Ishiba afirmou que precisa conquistar pelo menos 50 cadeiras no Senado para permanecer no cargo — uma meta que, segundo integrantes do próprio partido, pode ser difícil de alcançar.
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Caso o partido no poder não consiga essa margem, o governo se tornará ainda mais dependente da oposição para aprovar projetos, o que poderá paralisar o processo legislativo e dificultar qualquer avanço em reformas. Existe, inclusive, a possibilidade de o primeiro-ministro renunciar, abrindo caminho para uma nova disputa interna pelo cargo — sem garantia de que o partido mantenha o comando.
Mesmo em caso de vitória apertada, analistas políticos apontam que o novo governo será frágil, forçado a negociar constantemente com a oposição, em um cenário que pode provocar novos impasses políticos.
A oposição, por sua vez, já começou a se articular em torno de pautas populares. Um exemplo foi o projeto de redução dos impostos sobre combustíveis, que causou a queda inédita de um presidente de comissão no Parlamento — fato considerado raro no período pós-guerra.
O resultado da eleição, portanto, terá impacto direto não apenas sobre a liderança atual, mas sobre a estabilidade política do país nos próximos anos.
Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução