“Única saída possível”: renúncia de Ishiba busca conter crise no PLD

Segundo fontes do governo, Ishiba avaliou que a permanência poderia aprofundar as divisões internas.

O primeiro-ministro Ishiba decidiu renunciar ao cargo. A medida ocorre em meio à pressão dentro do Partido Liberal Democrata (PLD) para antecipar as eleições internas de liderança, após a derrota nas eleições para a Câmara Alta. A decisão, que será anunciada em coletiva de imprensa marcada para as 18h de hoje, tem como objetivo evitar a fragmentação do partido.


Segundo fontes do governo, Ishiba avaliou que a permanência poderia aprofundar as divisões internas. O partido se preparava para receber amanhã uma petição exigindo a antecipação da eleição para a presidência do PLD, mas com a decisão de Ishiba, uma reunião extraordinária da executiva será realizada amanhã de manhã para suspender a entrega do documento.


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Até então, Ishiba defendia que só tomaria uma decisão sobre seu futuro após avançar em pautas como medidas contra a inflação, negociações tarifárias com os Estados Unidos, além de políticas de prevenção de desastres e agricultura. Nesta sexta-feira, ele ainda manteve encontros com ministros de Relações Exteriores e Assuntos Internos, mas optou pela renúncia como forma de associar seu gesto à “renovação do partido”.


A renúncia também reflete um cálculo político: manter influência dentro do PLD mesmo após deixar o cargo. Ex-primeiros-ministros como Suga e Kishida preservaram relevância ao optar pela saída voluntária, e Ishiba teria seguido esse exemplo. Ontem à noite, ele se reuniu com o vice-presidente do partido, Suga, e com o ministro da Agricultura, Koizumi, que reforçaram que uma divisão seria inaceitável e que era necessário decidir até hoje sobre sua continuidade.


Embora tenha considerado a possibilidade de dissolver a Câmara dos Deputados e convocar eleições gerais, essa ideia foi duramente criticada como ato de insubordinação ao partido. Diante disso, Ishiba consolidou a decisão de deixar o cargo.


Entre os comentários dentro do PLD, um ex-ministro avaliou que “era a única saída possível para conter o caos interno”, enquanto parlamentares de médio escalão criticaram o atraso no anúncio, afirmando que o partido ficou paralisado nas últimas semanas.

Com a renúncia, terá início oficialmente a disputa pela sucessão, abrindo a corrida pelo “pós-Ishiba” dentro do Partido Liberal Democrata.


Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução

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