No dia 22, o governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a suspensão do programa de recepção de estudantes estrangeiros na Universidade de Harvard. Segundo o Departamento de Segurança Interna (DHS), outras universidades também poderão ser alvo da mesma medida.
A decisão foi justificada pelo fato de Harvard se recusar a acatar exigências do governo, como o fim de programas voltados à promoção da diversidade cultural — considerados pelo governo Trump como “ideologicamente enviesados”.
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Com a nova política, Harvard não poderá mais aceitar novos alunos estrangeiros, e os estudantes internacionais atualmente matriculados na instituição terão que ser transferidos para outras universidades ou perderão seus vistos de permanência.
O secretário do DHS afirmou à imprensa americana que “muitos dos responsáveis por incitar ambientes de campus inseguros são estudantes estrangeiros”, responsabilizando diretamente a universidade pela situação.
A Universidade de Harvard reagiu duramente à medida, afirmando que ela é “ilegal” e representa uma ameaça grave à integridade da educação superior americana. Cerca de 30% dos estudantes de Harvard são estrangeiros, o que sinaliza o forte impacto que a decisão pode ter, tanto na reputação da universidade quanto no futuro dos alunos.
Essa decisão se insere em um contexto político de endurecimento da imigração e crescente antagonismo contra o multiculturalismo promovido pelas universidades americanas. A retórica do governo Trump associa estudantes estrangeiros a ameaças à segurança nacional e à estabilidade ideológica do país, o que levanta sérias preocupações sobre xenofobia institucionalizada e censura educacional.
Além disso, essa medida ameaça a imagem dos Estados Unidos como referência global em educação superior e pode desencadear uma fuga de cérebros — afetando a inovação, a diversidade acadêmica e a economia universitária norte-americana.
Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução