A eleição de Sanae Takaichi como nova primeira-ministra do Japão causou uma reação inesperada — e nada amistosa — da China.
A mídia estatal chinesa chegou a chamá-la de “a versão feminina de Donald Trump”, e o governo chinês simplesmente não enviou felicitações oficiais pela vitória — algo extremamente raro nas relações diplomáticas entre os dois países.
No dia 22 de outubro, o perfil “牛弾琴”, ligado à agência estatal Xinhua News Agency, publicou um artigo criticando Takaichi e destacando seu histórico de posições consideradas anti-China. Entre os pontos citados estavam suas declarações polêmicas sobre o massacre de Nanjing, sua defesa da militarização do Japão e suas visitas ao Santuário de Yasukuni, local que homenageia soldados japoneses, inclusive alguns condenados por crimes de guerra.
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A publicação ainda ironizou o futuro político da nova líder japonesa, dizendo:
“Se ela permanecer no poder por um ano será um feito; por dois anos, um milagre.”
“A Rússia e a Europa já acham difícil lidar com ela — então, a China? Melhor esperar o próximo primeiro-ministro.”
Enquanto isso, a diplomacia chinesa manteve um silêncio calculado. Mesmo tendo enviado felicitações ao novo presidente da Bolívia, ignorou completamente o Japão. Quando questionado sobre o assunto, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China apenas respondeu:
“Esperamos que o Japão mantenha seus compromissos sobre história e Taiwan.”
A tensão entre os dois países não é novidade, mas a reação desta vez mostra o quanto a eleição de Takaichi mexeu com o cenário internacional. Sua postura firme e nacionalista parece agradar a parte dos japoneses, mas preocupa seus vizinhos asiáticos.
Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução

