O presidente do Partido Democrático do Povo (Kokumin Minshutō), Yūichirō Tamaki, afirmou que o governo japonês precisa assumir um papel mais ativo na condução da política para estrangeiros no país. Em entrevista concedida no dia 16 ao programa OK! Cozy up! da Nippon Broadcasting, Tamaki expressou preocupação com a expansão desordenada da presença estrangeira nas comunidades locais sem o devido suporte do Estado.
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“O maior problema é que o governo deixa toda a responsabilidade nas mãos das prefeituras”, afirmou. Segundo ele, a ausência de recursos e pessoal por parte da administração central compromete a capacidade das cidades de lidar com os desafios do convívio multicultural. “Se o governo realmente deseja construir uma sociedade de convivência com estrangeiros, deve garantir orçamento, pessoal e um sistema central de controle”, disse.
Tamaki também alertou sobre o risco de desequilíbrio nas comunidades mais fragilizadas financeiramente. “Quando se deixa tudo nas mãos dos municípios, estrangeiros continuam chegando às prefeituras com menos recursos, gerando desorganização. Ampliar a aceitação de estrangeiros sem mudar o sistema atual é algo que não podemos aceitar.”
O partido incluiu recentemente em suas promessas de campanha uma proposta de criação de um imposto sobre imóveis desocupados, com o objetivo de limitar a alta dos preços provocada por aquisições estrangeiras. Tamaki propõe, ainda, que o Japão defina limites claros por setor para o uso de mão de obra estrangeira, visando evitar uma abertura indiscriminada.
Sobre os problemas sociais relacionados a atos ilegais cometidos por estrangeiros, Tamaki sublinhou que é necessário separar os casos ilícitos da situação dos estrangeiros que vivem legalmente no país. “Precisamos de um sistema de controle eficiente justamente para proteger quem vive legalmente no Japão e evitar que o ódio se volte contra eles”, afirmou.
Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução

