Com o início das discussões para o reajuste do salário mínimo de 2025, trabalhadores e representantes sindicais no Japão estão exigindo que o valor seja fixado em 1500 ienes por hora, de forma unificada em todo o país.
Em coletiva de imprensa realizada no dia 19, a Confederação Nacional dos Sindicatos (Zenroren) defendeu a necessidade de um reajuste imediato. Segundo a entidade, o atual sistema, que varia por região, é insuficiente para garantir uma vida digna diante da alta nos preços de alimentos, energia e serviços.
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Durante o evento, foram apresentadas histórias de trabalhadores não efetivos que vivem com baixos salários por hora. Uma mulher de 46 anos, que trabalha há 18 anos como cuidadora, relatou que ganha 1466 ienes por hora, mas que isso não é suficiente:
“Os preços não param de subir, mas meu salário continua quase o mesmo. Estou tendo que adiar tratamentos médicos e cortar gastos básicos.”
Outros depoimentos apontaram situações críticas:
- Pessoas que evitam usar ar-condicionado no verão e aquecedores no inverno
- Dificuldade para comprar alimentos básicos
- Crescente insegurança econômica, mesmo trabalhando em tempo integral
Atualmente, o salário mínimo no Japão varia entre as províncias, com diferenças superiores a 200 ienes entre as regiões com menor e maior remuneração. Para os sindicatos, essa disparidade aumenta as desigualdades sociais e penaliza os trabalhadores nas áreas mais carentes.
O Zenroren afirma que um piso salarial nacional de 1500 ienes é essencial para garantir o mínimo de dignidade e estabilidade às famílias de baixa renda, e cobra do governo uma atuação mais firme frente ao aumento do custo de vida.
“Garantir condições básicas de vida para os trabalhadores é uma responsabilidade do Estado”, afirmou a entidade.
A expectativa é de que o tema ganhe força nos próximos meses, com pressão crescente sobre o governo e empresas para um reajuste histórico no salário mínimo japonês.
Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução