União de Trabalhadores no Japão Exige Aumento de 6% nos Salários para Pequenas e Médias Empresas
A Confederação Sindical do Japão anunciou oficialmente, em 28 de novembro, sua proposta para as negociações salariais da primavera de 2025, conhecida como shuntō. A organização pretende consolidar o recente movimento de reajustes salariais, solicitando um aumento de pelo menos 5% para grandes empresas e 6% para pequenas e médias empresas, buscando reduzir as disparidades econômicas entre os diferentes portes de negócios.
O presidente do sindicato, Tomoko Yoshino, afirmou durante a reunião do comitê central que “o aumento salarial não pode ser privilégio de poucos. Para que o Japão prospere, todos precisam ter a oportunidade de enriquecer”. O movimento visa fortalecer a economia doméstica, especialmente após décadas de estagnação salarial.
Em 2024, o aumento médio foi superior a 5%, o maior em 33 anos, mas empresas menores ficaram abaixo dessa média, com um aumento de 4,45%. Essa disparidade ressalta a dificuldade das pequenas empresas em competir com as condições oferecidas por grandes corporações.
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O foco no ajuste salarial para pequenas e médias empresas é estratégico, uma vez que essas companhias representam a maior parte do mercado de trabalho japonês. A proposta busca mitigar desigualdades e garantir que os trabalhadores dessas empresas também se beneficiem do crescimento econômico.
Embora o aumento de salários seja positivo, especialistas apontam desafios como o impacto financeiro para as pequenas empresas, especialmente aquelas já afetadas pela inflação e custos crescentes de insumos.
A decisão de exigir um aumento diferenciado para pequenas e médias empresas reflete o compromisso do Rengo com a equidade salarial e o fortalecimento do poder de compra dos trabalhadores. No entanto, será crucial equilibrar essas demandas com a realidade financeira das empresas menores para que o impacto seja sustentável a longo prazo.
O desfecho dessas negociações poderá moldar o cenário econômico do Japão nos próximos anos, especialmente no que diz respeito à distribuição de renda e ao fortalecimento do consumo interno.
Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução