A nova ministra responsável pelas políticas de convivência entre japoneses e estrangeiros, Kimi Onoda, afirmou em coletiva que o governo está atento a casos em que alguns estrangeiros cometem crimes, causam incômodos ou usam de forma indevida serviços públicos no Japão.
Segundo ela, essas situações acabam gerando sentimento de insegurança e injustiça entre parte da população.
Esse tema ganhou força após as últimas eleições, especialmente com o crescimento do partido Sanseitō, liderado por Sōhei Kamiya, que defende a ideia de “Japan First” — ou seja, regras mais rígidas para a entrada e permanência de estrangeiros.
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🗣 “Quem é considerado japonês?”
Durante um programa de TV, Kamiya foi questionado sobre quem ele considera “japonês”, já que muitas pessoas de famílias mistas ou que vivem no Japão há muitos anos se sentiram atingidas pelo discurso.
Kamiya respondeu que, na prática, o critério mais claro é a nacionalidade, mas admitiu que só ter o passaporte japonês não significa estar integrado.
Para ele, ser parte do país envolve:
- Falar a língua japonesa
- Respeitar os costumes e regras locais
- Participar da sociedade junto com os japoneses
Ao mesmo tempo, Kamiya defendeu diminuir o ritmo de entrada de estrangeiros e rever o modelo atual de integração, afirmando que “o Japão precisa reorganizar tudo antes de continuar recebendo mais pessoas.”
💬 Reações divididas
A fala gerou discussão nas redes:
De um lado, há quem diga:
“O Japão realmente precisa definir melhor como integrar quem chega.”
De outro:
“Esse discurso soa excludente e deixa dúvidas sobre quem ‘pertence’ ou não ao país.”
Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução

