Yoshitaka Nakayama, de 58 anos, foi reeleito prefeito da cidade de Ishigaki, em Okinawa, pela quinta vez consecutiva. O resultado da eleição, realizado no dia 17, reflete um forte sentimento da população local em relação à crescente ameaça da China e a possibilidade de um conflito em Taiwan, superando as críticas políticas que ele vinha enfrentando.
Nakayama, apoiado pelos partidos Liberal Democrata (PLD) e Komeito, venceu por uma margem apertada de cerca de 1.800 votos contra Yoshiyuki Toita, ex-vereador municipal apoiado pela coalizão “All Okinawa”, que tem o respaldo do governador Denny Tamaki. Apesar da recente moção de desconfiança aprovada pela câmara municipal contra Nakayama por adulterações em datas de propostas legislativas, a preocupação com a segurança nacional prevaleceu entre os eleitores.
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Em entrevista no dia seguinte à eleição, Nakayama destacou a importância de continuar fortalecendo a segurança da região em cooperação com o governo central. Ele expressou ainda o desejo de realizar pesquisas de campo nas Ilhas Senkaku — território disputado com a China — reforçando seu posicionamento firme sobre as questões de soberania japonesa.
Ele também comentou sobre a proposta de tornar o Aeroporto de Ishigaki um ponto estratégico em caso de emergência nacional, o que incluiria obras de ampliação da pista. Enviou um recado direto ao governo da província, solicitando apoio e cooperação diante da “vontade popular” expressa nas urnas.
Apesar da vitória do grupo “All Okinawa” nas eleições para o Senado em julho, o bloco ainda não conseguiu eleger prefeitos em nenhuma das 11 cidades da província. Isso mostra um distanciamento entre o discurso do governo provincial e as prioridades dos cidadãos em nível municipal.
Com as eleições para o governo de Okinawa previstas para o outono do próximo ano, é esperado um acirramento da disputa política entre o grupo “All Okinawa” e a aliança PLD-Komeito, especialmente em temas sensíveis como presença militar, relações com os Estados Unidos e ameaça regional representada pela China.
Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução

