Depois da derrota do Partido Liberal Democrata (LDP) nas eleições de julho, muita gente acreditava que seria o fim do primeiro-ministro Shigeru Ishiba. As conversas de bastidores falavam em um movimento para tirá-lo do poder.
Mas uma nova pesquisa surpreendeu: a popularidade do gabinete Ishiba subiu 17 pontos em poucas semanas.
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O que fez essa popularidade crescer?
Nos últimos dias, o governo acumulou uma série de ações que foram bem recebidas pela população:
- Acordo comercial com os EUA → tarifas de Trump caíram de 25% para 15%.
- Plano para aumentar a produção de arroz → teve apoio de 86% dos japoneses.
- Discursos em Hiroshima e Nagasaki → elogios por citar poemas de sobreviventes da bomba.
- 15 de agosto (Dia da Rendição) → Ishiba usou a palavra “reflexão”, algo inédito em 13 anos.
- Mercado financeiro → bolsa atingiu recordes históricos no feriado de Obon.
- Diplomacia → encontros de peso, como a Cúpula Japão-África (TICAD), conversas com líderes de 34 países e, pela primeira vez em 17 anos, um documento conjunto com a Coreia do Sul.
Esse conjunto de ações foi visto como exposição positiva, sem escândalos que atrapalhassem a imagem do governo. Até críticas internas acabaram ajudando Ishiba, já que partiram de políticos envolvidos em casos de corrupção.
O que dizem as pesquisas?
- “Não deve renunciar”: 50%
- “Deve renunciar”: 42%
- Entre os apoiadores do LDP, 74% querem que Ishiba continue.
A derrota eleitoral recente foi associada mais aos escândalos de dinheiro do partido do que a Ishiba diretamente.
E o futuro do LDP?
O debate pela sucessão já começou e três nomes aparecem com força:
- Takai Chi → vista como a mais conservadora;
- Koizumi → popular entre os moderados;
- Ishiba → ainda enfrenta rejeição, mas subiu posições após essa recuperação.
Segundo especialistas, muitos eleitores moderados temem que, caso Ishiba caia agora, o partido seja dominado pela ala mais radical.
Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução

