Mesmo após o governo começar a liberar os estoques de emergência de arroz, os preços continuam elevados no Japão. Diante disso, o primeiro-ministro Shigeru Ishiba solicitou ao seu partido, o Partido Liberal Democrata (PLD), que elabore novas estratégias para controlar os preços e aliviar o bolso da população.
Mas por que essa preocupação agora?
Segundo um repórter político da TV japonesa, Ishiba enfrenta duas grandes pressões:
1. O preço do arroz não baixa, mesmo com a liberação dos estoques.
Desde abril, o governo vem liberando o arroz armazenado como tentativa de equilibrar o mercado. No entanto, o impacto tem sido quase nulo. Enquanto os preços da gasolina recuaram, o arroz segue caro, e isso tem incomodado tanto consumidores quanto parlamentares. Um político chegou a dizer:
“A gasolina baixou, mas só o arroz continua caro!”
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2. As eleições de verão se aproximam.
Com o pleito se aproximando, a inflação do arroz pode se tornar uma dor de cabeça política. Partidos da oposição já começaram a criticar a gestão de Ishiba, atribuindo a ele a culpa pelo descontrole nos preços.
O que agrava ainda mais a situação é o fato de Ishiba já ter sido ministro da Agricultura — ou seja, ele é considerado especialista no tema. Ser criticado justamente nessa área pode comprometer sua credibilidade e apoio político.
Por trás do pedido de Ishiba ao partido está o desejo de realizar uma reforma profunda no sistema agrícola japonês, e não apenas medidas emergenciais. No entanto, há um grande obstáculo no caminho.
🔍 Especialistas alertam que o governo não tem outro plano além da liberação dos estoques, e, mesmo assim, esse arroz muitas vezes não chega ao consumidor final. O problema pode estar na logística de distribuição, indicando um gargalo que precisa ser resolvido com urgência.
Enquanto isso, os japoneses continuam pagando mais caro por um item essencial do dia a dia — e o tema promete esquentar ainda mais o debate político nas próximas semanas.
Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução