Japão propõe auxílio de 20 mil ienes para todos os residentes

Ishiba declarou que decidiu apoiar o plano após reconhecer que “os preços continuam subindo mais do que o esperado” e que “a população precisa de suporte imediato enquanto os salários não acompanham o ritmo da inflação”

O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, e líderes partidários se reuniram nesta segunda-feira para discutir uma nova proposta de auxílio financeiro direto à população, diante da persistente alta nos preços de alimentos, energia e itens básicos. A proposta prevê o pagamento de 20 mil ienes (cerca de R$ 650) para cada residente no país, com valores adicionais para famílias com filhos e de baixa renda.


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A medida ainda está em fase de debate, mas representa uma mudança significativa na postura do premiê, que até então se mostrava contrário a esse tipo de transferência direta de renda. Ishiba declarou que decidiu apoiar o plano após reconhecer que “os preços continuam subindo mais do que o esperado” e que “a população precisa de suporte imediato enquanto os salários não acompanham o ritmo da inflação”.


Auxílio ampliado para famílias com filhos e baixa renda


A proposta é estruturada em três níveis:

  • 20 mil ienes para cada pessoa residente no Japão
  • Mais 20 mil ienes por cada criança na família
  • Famílias isentas do imposto de renda (por baixa renda) receberiam ainda mais 20 mil ienes extras por pessoa

Ou seja, uma família com dois filhos e baixa renda poderia receber até 100 mil ienes no total.


O financiamento da proposta virá de superávit na arrecadação de impostos, que superou as previsões fiscais do governo em 2024. A equipe econômica informou que esse excedente permite medidas emergenciais sem comprometer o orçamento ou aumentar a dívida pública no curto prazo.


Segundo analistas, o governo aproveita o bom momento fiscal para tentar conter o descontentamento popular, já que a inflação nos últimos 12 meses ultrapassou 3%, impactando sobretudo famílias de baixa renda e trabalhadores informais.


A mudança de posição de Ishiba tem chamado atenção no cenário político. Conhecido por sua prudência fiscal, o primeiro-ministro vinha resistindo a medidas de distribuição direta, por temer impactos na disciplina orçamentária. No entanto, a pressão popular e o enfraquecimento do consumo interno parecem ter forçado uma reavaliação.


“Não é apenas sobre inflação. É sobre manter a dignidade das pessoas”, afirmou Ishiba em coletiva.


A proposta ainda precisa passar pelo crivo do parlamento e das autoridades regionais, mas já conta com apoio inicial de setores da oposição, que veem a medida como um passo necessário em tempos de pressão econômica contínua.


Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução

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