Japão avança na remoção de lixo espacial com tecnologia inovadora

A empresa japonesa Astroscale anunciou um projeto ambicioso para capturar e remover detritos espaciais da órbita terrestre. A missão, prevista para 2027, tem como objetivo eliminar um foguete de 3 toneladas que atualmente flutua no espaço em alta velocidade.

A crescente quantidade de lixo espacial em órbita terrestre tem se tornado uma preocupação global, e o Japão está se preparando para um grande avanço na tentativa de minimizar esse problema. A empresa Astroscale, especializada em soluções para a remoção de detritos espaciais, anunciou no dia 26 que realizará um experimento inovador em 2027, utilizando um satélite especial para capturar e remover restos de foguetes abandonados no espaço.


A missão tem como objetivo capturar um enorme fragmento de foguete de cerca de 3 toneladas, que flutua em alta velocidade na órbita terrestre. O equipamento usado na operação será um satélite de demonstração tecnológica, desenvolvido para rastrear, capturar e remover detritos espaciais, direcionando-os para uma reentrada segura na atmosfera terrestre.


Essa não é a primeira tentativa da Astroscale. Em fevereiro de 2023, a empresa lançou o ADRAS-J, um satélite experimental que conseguiu se aproximar a 15 metros de um grande pedaço de lixo espacial, registrando imagens detalhadas e coletando dados essenciais para o planejamento da próxima fase da missão. Com o sucesso dessa operação, a companhia agora avança para a etapa de captura ativa dos detritos.


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Com o aumento exponencial de lançamentos de satélites e foguetes nos últimos anos, a quantidade de detritos orbitais segue crescendo rapidamente. Esses fragmentos representam um risco significativo, pois colisões entre os destroços podem gerar milhares de novos fragmentos menores, aumentando o perigo para satélites ativos, missões espaciais e até para a Estação Espacial Internacional (ISS).


Se nada for feito, especialistas alertam que o acúmulo de lixo espacial pode levar a um efeito conhecido como Síndrome de Kessler, no qual colisões em cadeia criariam um ambiente perigoso e de difícil controle na órbita terrestre.


A iniciativa da Astroscale faz parte de um esforço global para desenvolver tecnologias de remoção ativa de detritos espaciais. Além do Japão, outras agências espaciais, como a ESA (Agência Espacial Europeia) e a NASA, também estudam métodos para mitigar os riscos dos resíduos orbitais.


Se o experimento for bem-sucedido, ele pode abrir caminho para uma nova era na sustentabilidade espacial, garantindo que a exploração do espaço continue sem comprometer a segurança de futuras missões.


O avanço da Astroscale representa um passo fundamental para o combate ao problema do lixo espacial. A realização do primeiro teste de captura em 2027 pode ser o início de uma nova abordagem global para a gestão e eliminação dos detritos orbitais, garantindo um futuro mais seguro para a exploração espacial.


Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução

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Empregos Redação
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