O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, declarou nesta sexta-feira (20) que o governo japonês considera prioritário acalmar a escalada de tensões após o ataque dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã. Em entrevista coletiva concedida na residência oficial, Ishiba afirmou que o Japão acompanha a situação com “grave preocupação” e defendeu a necessidade de impedir o desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã.
“Para o Japão, o mais importante neste momento é conter rapidamente o agravamento da crise. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento de armamentos nucleares pelo Irã não pode ser tolerado”, afirmou.
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Questionado diretamente sobre se o Japão apoiaria o ataque americano, Ishiba evitou tomar uma posição imediata:
“Estamos em fase de verificação dos fatos. A posição oficial será definida após discussões internas apropriadas.”
Essa resposta demonstra a tradicional cautela diplomática japonesa, especialmente em temas envolvendo aliados estratégicos e questões do Oriente Médio, região de importância crítica para a segurança energética do Japão.
Prioridade: segurança de cidadãos e estabilidade no fornecimento de energia
O premiê explicou que instruiu os ministérios relevantes a:
- Coletar informações junto a países envolvidos, em colaboração com aliados
- Adotar medidas imediatas para garantir a segurança dos cidadãos japoneses no Irã, em Israel e em outras áreas afetadas
- Monitorar possíveis impactos no fornecimento de energia, embora, segundo ele, não haja indícios de risco imediato à estabilidade energética do país
“Recebi relatórios de que, até o momento, o fornecimento de energia ao Japão segue estável. No entanto, pedi que as equipes mantenham o mais alto nível de vigilância e estejam prontas para agir rapidamente”, disse Ishiba.
O ataque americano reacende preocupações com a instabilidade no Oriente Médio, o risco de novos confrontos e o avanço de programas nucleares. Para o Japão, que mantém uma política externa pacifista e forte dependência de energia importada, o episódio representa mais um desafio na gestão da segurança regional e das alianças estratégicas.
Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução