Homem é preso em Ishikawa por operar transporte clandestino

A prática do “shirotaku” é proibida por lei no Japão, e quem for flagrado pode enfrentar penas severas, incluindo multa e reclusão.

A polícia da província de Ishikawa prendeu um cidadão vietnamita de 36 anos na cidade de Komatsu, acusado de operar um serviço de transporte clandestino conhecido no Japão como “shirotaku” (白タク) — quando uma pessoa cobra por transportar passageiros sem possuir a devida licença profissional.


Segundo as autoridades, o suspeito oferecia viagens pagas entre a região de Kansai e Ishikawa utilizando seu carro particular, sem qualquer autorização das agências de transporte ou registro oficial. Ele divulgava os serviços em vietnamita por meio das redes sociais, com publicações direcionadas à comunidade imigrante. A investigação indica que ele já havia recebido mais de 40 mil ienes em pagamentos.


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A polícia informou que o veículo utilizado pelo homem estava equipado com bagageiro no teto, sugerindo que ele estruturava o transporte de maneira semelhante ao de operadoras regulares, o que agravou a suspeita de operação deliberada e contínua.


O caso levantou preocupações entre as autoridades locais quanto à segurança dos passageiros e ao uso indevido de redes sociais para atividades ilegais. Além da ausência de licença, veículos utilizados em serviços de “shirotaku” não passam por inspeções adequadas nem cumprem as exigências legais de seguro, colocando em risco tanto os passageiros quanto terceiros.


Este é o primeiro caso registrado de um estrangeiro preso por essa infração na província de Ishikawa, e a polícia investiga se há outros envolvidos ou um possível grupo organizado operando clandestinamente na região.


A prática do “shirotaku” é proibida por lei no Japão, e quem for flagrado pode enfrentar penas severas, incluindo multa e reclusão. O Ministério dos Transportes tem alertado há anos sobre o crescimento dessa atividade, especialmente com o aumento do uso de aplicativos de mensagem e redes sociais para comercializar o serviço.


Especialistas apontam que muitos imigrantes recorrem a práticas como o “shirotaku” diante de dificuldades financeiras, barreiras linguísticas e falta de acesso a empregos formais bem remunerados. Embora isso não justifique o ato, revela um problema estrutural que envolve integração, regulação do trabalho e acesso a direitos.


O caso pode reforçar a fiscalização sobre grupos estrangeiros em comunidades locais, o que também preocupa entidades que atuam com apoio a imigrantes, que temem generalizações ou reforço de estigmas.


Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução

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