Governo Japonês falha em coordenar imigração com prefeituras, diz deputado

Fujita mencionou como ponto positivo a revisão da Lei de Imigração de 2024, que prevê o fim do sistema de “estágio técnico” e a implementação de um novo modelo de "emprego de formação" a partir de 2027.

O deputado japonês Fujita Fumitake, ex-secretário-geral do partido Nippon Ishin no Kai (Partido da Inovação do Japão), defendeu uma abordagem estratégica e restritiva na política de imigração do país. Em entrevista, ele alertou que, dentro de 15 anos, 1 em cada 10 habitantes no Japão poderá ser estrangeiro, caso a tendência atual continue sem planejamento.


Fujita considera que o debate sobre o aumento de residentes estrangeiros precisa ser tratado como parte integrante da política populacional japonesa, e não apenas como uma medida emergencial para resolver a escassez de mão de obra.


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Segundo ele, a expansão da aceitação de estrangeiros no Japão ocorreu até hoje de forma “gradual e sem diretrizes claras”, com decisões sendo tomadas em resposta a pressões setoriais e regionais, sem um plano nacional de longo prazo.


“Não se pode simplesmente pedir que os estrangeiros ‘saiam do Japão’ depois que o número deles crescer demais. Por isso, é essencial debater agora qual deve ser o tamanho adequado da presença estrangeira no país”, declarou.


Fujita mencionou como ponto positivo a revisão da Lei de Imigração de 2024, que prevê o fim do sistema de “estágio técnico” e a implementação de um novo modelo de “emprego de formação” a partir de 2027. A nova estrutura pretende criar um caminho mais transparente e duradouro para estrangeiros que buscam trabalhar no Japão.


Contudo, ele alerta que, sem um controle estratégico da proporção de estrangeiros na população, a política corre o risco de gerar desequilíbrios sociais no futuro.


Outro problema apontado é a desarticulação entre os níveis nacional e local da administração pública. Fujita observa que, embora a imigração seja gerida pelo governo central (via Ministério da Justiça e Agência de Imigração), a responsabilidade prática pelos serviços aos residentes estrangeiros recai sobre os governos locais, que muitas vezes não têm estrutura para lidar com a demanda.


“Há muitas prefeituras que são surpreendidas por problemas envolvendo estrangeiros, sem ter preparação prévia. Isso mostra a necessidade urgente de um sistema de gestão cruzado entre ministérios e municípios”, afirmou.


Fujita defende que o Japão crie um mecanismo de governança coordenada, que integre ministérios, prefeituras e cidades, para gerenciar com clareza a presença estrangeira à luz da realidade demográfica do país.


Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução

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