No primeiro dia oficial da campanha para as eleições do Senado no Japão (realizadas na província de Saitama), a forma como cada partido lida com a questão dos estrangeiros chamou a atenção.

Dos 9 partidos que lançaram candidatos na região, apenas 3 (Komeito, Ishin e Sanseito) falaram abertamente sobre os problemas envolvendo estrangeiros. Os outros 5 partidos principais (Liberal Democrata, Democrático Constitucional, Democrático do Povo, Reiwa e Social Democrata) evitaram o tema. Segundo representantes, o motivo seria “falta de tempo” ou “baixa prioridade”.

 Mas por que isso importa?
Saitama, por exemplo, tem enfrentado desafios com a rápida chegada de estrangeiros em algumas cidades, como Kawaguchi. Moradores locais relatam dificuldades de convivência, e por isso muitos esperavam que o assunto fosse tratado com mais seriedade.

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Enquanto isso, candidatos que tocaram no tema defenderam posições fortes:

🔸 Candidata do Ishin disse que o problema precisa ser resolvido urgentemente.

🔸 Candidato do Komeito prometeu reduzir o número de estrangeiros em situação irregular, com um plano em conjunto com o Ministério da Justiça.

🔸 Candidato do Sanseito afirmou que o partido Liberal Democrata está sendo contraditório, promovendo a entrada de estrangeiros enquanto diz ser conservador.

Já os partidos que evitaram o assunto justificaram que “não houve tempo suficiente para falar de tudo” ou que “não era prioridade”.

O que chama atenção é que todos esses partidos tiveram o apoio do governador da província, o que levantou ainda mais questionamentos entre eleitores.

Por outro lado, o partido Comunista mencionou o tema, mas com um olhar diferente: criticou o preconceito e o uso político da imagem dos estrangeiros, lembrando que muitos pagam impostos e sustentam serviços importantes no Japão.


Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução