Críticas ao “Imposto dos Solteiros” Novo sistema de apoio à infância no Japão gera desconfiança

A lei que instituiu esse sistema foi aprovada em junho de 2024. Durante os debates no parlamento, o então primeiro-ministro Fumio Kishida prometeu que essa cobrança não implicaria em aumento real no custo de vida, graças a reformas nos gastos públicos e elevação salarial.

A partir de abril de 2025, entra em vigor no Japão o novo Sistema de Apoio a Crianças e à Criação de Filhos (子ども・子育て支援金制度). Esse sistema prevê a arrecadação de recursos por meio de um acréscimo nos seguros de saúde — ou seja, a contribuição será obrigatória e descontada como parte do sistema de seguridade social.


No entanto, o modelo tem sido alvo de severas críticas. Nas redes sociais, muitos cidadãos o apelidaram de “imposto dos solteiros” (独身税), uma vez que os benefícios do programa se concentram exclusivamente em famílias com filhos, embora toda a população economicamente ativa tenha de contribuir — incluindo pessoas solteiras e casais sem filhos.


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A lei que instituiu esse sistema foi aprovada em junho de 2024. Durante os debates no parlamento, o então primeiro-ministro Fumio Kishida prometeu que essa cobrança não implicaria em aumento real no custo de vida, graças a reformas nos gastos públicos e elevação salarial. Ainda assim, a oposição expressou forte resistência até os momentos finais da votação.


Especialistas alertam que os trabalhadores da faixa ativa da população estão sendo pressionados de ambos os lados: além de arcarem com os custos da aposentadoria dos idosos, agora também deverão sustentar políticas voltadas às futuras gerações — um fenômeno conhecido como “geração sanduíche”. Em programas como o ABEMA Prime, o tema tem sido discutido por especialistas em políticas públicas, que questionam a justiça fiscal e a sustentabilidade desse modelo em uma sociedade que envelhece rapidamente.



O debate evidencia um dilema crescente no Japão: como sustentar financeiramente políticas públicas em uma sociedade onde há cada vez menos crianças e mais idosos. A redistribuição de renda por meio de impostos e contribuições sociais é um pilar do estado de bem-estar, mas a falta de consenso sobre quem se beneficia e quem paga pode agravar ainda mais a crise de confiança nas instituições. O risco de alienar os jovens adultos — especialmente os que optam por não ter filhos — é real e precisa ser levado em conta na formulação de futuras políticas.


Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução

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