Após declarações da primeira-ministra Sanae Takaichi sobre Taiwan, o governo chinês pediu que seus cidadãos evitassem viagens ao Japão. A mídia estatal da China afirmou que a medida traria um grande impacto econômico ao Japão, mas, na prática, quem mais sentiu os efeitos foram os próprios chineses.
Mais de 540 mil passagens foram canceladas, e muitos turistas perderam valores altos em taxas não reembolsáveis. Empresas de turismo chinesas e hotéis administrados por chineses no Japão também enfrentam prejuízos. A justificativa oficial de que o Japão estaria “perigoso” não se sustenta fora da China, já que o país segue entre os mais seguros do mundo, segundo rankings internacionais.
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No Japão, a reação tem sido relativamente calma. Comerciantes afirmam que outros públicos, como turistas japoneses e ocidentais, passaram a ocupar o espaço deixado pelos grupos chineses, tornando o fluxo mais equilibrado. Ainda assim, o episódio revelou um problema maior: a forte dependência do Japão do turismo chinês e a vulnerabilidade quando decisões políticas afetam diretamente o setor.
Enquanto governos disputam narrativas, muitos cidadãos comuns acabam pagando a conta. Chineses que sonhavam em visitar o Japão viram seus planos serem cancelados, muitas vezes por ordens de empresas estatais, mesmo com tudo já pago.
Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução

