Mesmo após 30 anos do ataque com gás sarin no metrô de Tóquio, os grupos sucessores da seita Aum Shinrikyo continuam a atrair novos seguidores, principalmente jovens que nasceram depois do atentado. Segundo dados da Agência de Segurança Pública do Japão (PSIA), mais de 860 pessoas ingressaram nesses grupos na última década, e 52% delas têm menos de 30 anos.
O grupo principal, Aleph, utiliza estratégias enganosas de recrutamento, ocultando sua identidade e explorando teorias da conspiração para atrair novos seguidores. Embora as restrições impostas pela pandemia e as sanções do governo tenham desacelerado suas atividades, as autoridades ainda consideram a seita uma ameaça real.
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O método de recrutamento da Aleph (principal sucessor da Aum Shinrikyo) envolve abordagens discretas e enganosas. Segundo a PSIA, os membros da seita costumam:
Ocultar a verdadeira identidade do grupo durante a abordagem inicial
Se aproximar de interessados em temas como ioga, filosofia e religião
Utilizar teorias da conspiração para questionar a responsabilidade da seita no ataque com gás sarin
Criar laços emocionais antes de revelar a ligação com a Aum Shinrikyo
Ex-membros relatam que a estratégia funciona porque muitos jovens que ingressam já têm interesse prévio por espiritualidade e filosofia. Dessa forma, mesmo quando expostos à história dos crimes cometidos pela seita, acabam convencidos pela “superioridade” da doutrina.
Nos últimos anos, o crescimento da Aleph desacelerou, principalmente devido a:
✔️ Redução das abordagens presenciais durante a pandemia de COVID-19
✔️ Sanções do governo japonês, que restringiram o funcionamento dos templos e escritórios da seita
✔️ Maior vigilância e ações do governo para prevenir novas adesões
Segundo a PSIA, essas medidas interromperam o contato entre membros e reduziram o número de novos ingressantes a apenas algumas pessoas por ano.
Apesar dessa queda, o governo japonês segue em alerta. A agência de segurança teme que, mesmo com a queda no número de membros, o grupo ainda represente um risco de novos atentados no futuro.
Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução