Falta de jovens e salários baixos: Japão vive crise silenciosa no mercado de trabalho

Em Matsumoto, cidade na província de Nagano, a empresária Fumika Kinoshita, de 49 anos, comanda o restaurante “Coffee Non Non”, popular entre trabalhadores e grupos de amigos durante o horário de almoço.

A crise de mão de obra no Japão atinge níveis sem precedentes, especialmente em setores que dependem do atendimento presencial, como restaurantes e pequenas empresas locais. A escassez é agravada pela queda na população jovem, que vem sendo sentida com força por empregadores em todo o país.


Em Matsumoto, cidade na província de Nagano, a empresária Fumika Kinoshita, de 49 anos, comanda o restaurante “Coffee Non Non”, popular entre trabalhadores e grupos de amigos durante o horário de almoço. Apesar do fluxo constante de clientes, a falta de funcionários tem forçado a redução do horário de funcionamento do estabelecimento.


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“Talvez seja cada vez mais difícil manter negócios que dependem de pessoas”, desabafa Kinoshita. Nos últimos dois anos, o grupo Irori, responsável pelo restaurante, não conseguiu contratar nenhum funcionário recém-formado, e tampouco recebeu candidaturas para vagas de meio período.


A situação não é isolada. Eventos de recrutamento promovidos pelo centro de empregos de Matsumoto têm registrado número de estudantes significativamente inferior ao de empresas participantes. “É desesperador. Os estudantes praticamente não aparecem”, relata um representante de empresa local.


Uma metalúrgica da região conseguiu, no ano passado, contratar apenas dois funcionários – um na faixa dos 20 e outro nos 40 anos – por meio de recrutamento intermediário. Nos anos anteriores, para atrair mais candidatos, a empresa aumentou os dias de folga de 100 para 110 por ano e revisou os salários dos trabalhadores mais jovens. Ainda assim, o proprietário, um homem na casa dos 60 anos, mostra ceticismo quanto às propostas dos partidos políticos de grandes aumentos salariais: “É difícil imaginar isso sendo viável para pequenas empresas. A diferença com as grandes corporações só vai aumentar”.


Para amenizar a falta de pessoal, o “Coffee Non Non” investiu cerca de 800 mil ienes na instalação de um sistema de pagamento automático no ano passado. O restaurante também adotou, em parte, pedidos via QR code. Mas a alta dos preços e o aumento do salário mínimo impõem novos obstáculos. “Tenho clientes fiéis e funcionários que trabalham duro, mas fico em dúvida se conseguiremos continuar assim por muito tempo”, confessa Kinoshita.


Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução

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