No dia 9 de julho, um grupo de cidadãos se reuniu em frente à prefeitura de Naha, em Okinawa, para protestar contra o aumento de discursos de ódio e declarações discriminatórias contra estrangeiros durante a campanha eleitoral para o Senado no Japão.
Com cartazes nas mãos e palavras de ordem como “Não vote no preconceito” e “Não existe primeiro ou segundo lugar para seres humanos”, o ato foi um apelo por mais empatia, igualdade e respeito.
Um dos participantes, integrante do grupo “Okinawa Counters”, lembrou que, no passado, regimes autoritários como o nazismo também usaram o ódio contra grupos vulneráveis para ganhar apoio popular. Ele criticou o fato de alguns partidos estarem usando estrangeiros como “bodes expiatórios” para angariar votos.
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Uma das manifestantes contou que ouviu de uma pessoa sul-americana que o termo “Nihonjin First” (Japoneses em primeiro lugar) causa medo. Mesmo que não digam diretamente “morra” ou “seja morto”, o sentimento de exclusão está presente. “Isso ainda é discriminação, só está disfarçado”, ela afirmou.
O marido de uma mulher de Taiwan, residente em Naha, disse estar preocupado, pois até seus parentes em Taiwan e Hong Kong perguntaram se está tudo bem no Japão. Outro manifestante, na faixa dos 30 anos, lamentou que muitos idosos estejam apoiando discursos conservadores e autoritários, tornando a convivência mais difícil para as novas gerações.
Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução

