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Shigeru Ishiba alerta, reforma tributária pode afetar mercado de investimentos no Japão

O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, declarou no dia 10, durante uma sessão da Comissão de Orçamento da Câmara dos Representantes, que não descarta a possibilidade de um aumento no imposto sobre rendimentos financeiros no futuro.

O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, declarou no dia 10, durante uma sessão da Comissão de Orçamento da Câmara dos Representantes, que não descarta a possibilidade de um aumento no imposto sobre rendimentos financeiros no futuro. Embora tenha afirmado que não há discussões imediatas para fortalecer a taxação sobre investimentos e ativos financeiros, Ishiba enfatizou que a medida permanece sob avaliação a longo prazo.


A fala de Ishiba foi uma resposta a questionamentos feitos pelo deputado Masato Imai, do Partido Democrático Constitucional, que pressionou o governo a esclarecer sua posição sobre a reforma tributária voltada para os investimentos financeiros.


O primeiro-ministro destacou um dilema central: a necessidade de garantir justiça tributária sem comprometer os esforços para incentivar investimentos no país. “É importante assegurar a equidade tributária, mas ao mesmo tempo, não podemos ir contra a política de promover a transição de poupança para investimentos”, afirmou Ishiba, referindo-se ao objetivo do governo japonês de fomentar a economia por meio de estímulos ao mercado de capitais.


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A declaração ocorre em um momento delicado para o Japão. A economia japonesa busca se afastar de décadas de deflação persistente, e o governo tem priorizado políticas que favorecem o investimento privado, especialmente no mercado de ações. Um aumento abrupto da tributação poderia minar a confiança dos investidores e impactar negativamente o desempenho da bolsa de valores japonesa.


Ao ser questionado sobre os possíveis efeitos de um aumento no imposto sobre rendimentos financeiros, Ishiba mostrou cautela, reconhecendo que a medida poderia influenciar o comportamento dos investidores. “Precisamos considerar como isso afetará o fluxo de investimentos e a confiança no mercado japonês. O mais importante é garantir que a economia não retorne ao cenário de deflação.”


O imposto sobre rendimentos financeiros no Japão atualmente incide em 20% sobre ganhos de capitais e dividendos, uma taxa considerada relativamente baixa em comparação com outros países desenvolvidos. Propostas anteriores para aumentar essa alíquota enfrentaram forte resistência, tanto de investidores quanto de setores da indústria preocupados com um possível impacto negativo sobre o mercado de ações e o crescimento econômico.


Nos últimos anos, a desigualdade econômica no Japão tem se tornado um tema recorrente de debate. Críticos argumentam que a baixa taxação sobre rendimentos financeiros favorece a elite econômica e amplia as desigualdades sociais. Defensores da reforma tributária acreditam que um aumento na taxação seria uma forma de equilibrar o sistema e gerar receita adicional para políticas sociais.


Por outro lado, opositores temem que uma carga tributária mais alta desincentive investidores, especialmente em um momento em que o Japão busca atrair capital estrangeiro e fortalecer seu mercado financeiro.


As palavras do primeiro-ministro Ishiba sinalizam que a discussão sobre a tributação dos rendimentos financeiros ainda está longe de ser concluída. A necessidade de equilíbrio entre justiça tributária e estímulo ao crescimento econômico continuará a moldar o debate político e econômico no Japão nos próximos meses.


Enquanto isso, a população, investidores e analistas de mercado permanecem atentos aos próximos passos do governo.


Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução

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