Medicamentos de venda livre poderão ser comprados em conveniências no Japão até 2025
O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão está avançando em discussões para permitir a venda de medicamentos de venda livre — como analgésicos e remédios para problemas gastrointestinais — em lojas de conveniência. A medida, que prevê explicações online de farmacêuticos, visa facilitar o acesso da população a medicamentos em horários e situações emergenciais, além de fortalecer o papel das lojas de conveniência como suporte à comunidade em desastres.
Segundo dados da Associação Japonesa de Franquias (2023), apenas 0,7% das lojas de conveniência em todo o país possuem autorização para vender medicamentos devido à exigência de farmacêuticos ou atendentes credenciados. Apesar disso, a demanda por maior acessibilidade é alta, especialmente em casos de emergências como:
・Doenças inesperadas em horários fora do expediente das farmácias.
・Regiões rurais onde o acesso a farmácias é limitado.
・Desastres naturais, nos quais conveniências desempenham um papel vital como infraestrutura básica.
De acordo com a proposta do Ministério da Saúde, para adquirir medicamentos em conveniências, será necessário:
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1 – Consulta online: O comprador receberá orientações virtuais de um farmacêutico ou vendedor registrado sobre os riscos e formas de uso do medicamento.
2 – Confirmação digital: Após a explicação, um comprovante será emitido digitalmente.
3 – Compra facilitada: A apresentação desse comprovante em um dispositivo (como um smartphone) permitirá a compra do medicamento na loja.
Além disso, a introdução de máquinas automáticas de venda de medicamentos está sendo discutida como uma solução complementar para ampliar ainda mais o acesso.
No Japão, os medicamentos de venda livre são divididos em três classes conforme o risco de efeitos colaterais:
・Classe 1: Venda obrigatória com acompanhamento direto de um farmacêutico.
・Classe 2 e 3: Podem ser vendidos por atendentes registrados ou farmacêuticos.
A proposta atual busca garantir que, mesmo fora de farmácias, o uso seguro dos medicamentos seja preservado por meio da consulta virtual. Especialistas, no entanto, alertam sobre a necessidade de rigor na fiscalização, para evitar abusos ou mal-entendidos quanto à automedicação.
A iniciativa pode transformar o acesso à saúde no Japão, especialmente para idosos, trabalhadores com jornadas longas e moradores de áreas menos assistidas. As conveniências, já estabelecidas como ponto de apoio no cotidiano japonês, assumirão um papel ainda mais relevante na vida da população.
O Ministério planeja finalizar os detalhes do projeto até o final deste ano e apresentar a proposta de revisão da Lei de Medicamentos e Dispositivos Médicos ao Parlamento em 2025. Se aprovada, a nova regulamentação poderá entrar em vigor nos próximos anos, modernizando o sistema de distribuição de medicamentos no país.
Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução