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Nissan anuncia corte de 9.000 funcionários e fecha fábricas, o que está por trás dessa decisão?

A Nissan está passando por um dos momentos mais difíceis de sua história recente, com a decisão de cortar 9.000 postos de trabalho, o que representa 7% de sua força de trabalho global.

A Nissan, uma das gigantes automobilísticas do Japão, anunciou recentemente que vai reduzir sua força de trabalho em cerca de 9.000 funcionários, ou 7% do total global. Essa decisão faz parte de um plano de reestruturação motivado pelo declínio nas vendas e pela necessidade de reduzir a produção em 20% para manter a estabilidade financeira. O anúncio foi feito após a publicação do relatório de lucros do semestre, que mostrou uma queda de mais de 90% nos lucros entre abril e setembro de 2024, em comparação ao ano anterior.


A queda de desempenho da Nissan está fortemente ligada a dificuldades enfrentadas em seus dois maiores mercados: América do Norte e China. Nos EUA, a Nissan tem encontrado dificuldades para competir no mercado de veículos elétricos (EVs) e híbridos. A empresa enfrenta concorrência intensa de outras montadoras japonesas como Toyota e Honda, que têm se beneficiado da popularidade dos veículos híbridos na América do Norte. A Nissan, porém, não possui atualmente uma linha de híbridos competitiva nesse mercado, deixando-a vulnerável às preferências dos consumidores locais.


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Na China, o cenário é oposto: a adoção de veículos elétricos está em forte crescimento, impulsionada por fabricantes locais que oferecem modelos a preços competitivos. A Nissan encontra dificuldades para competir com esses preços, além de não conseguir lançar novos modelos que atendam rapidamente às expectativas dos consumidores chineses.


A situação tem gerado incertezas e preocupação entre os funcionários da Nissan, muitos dos quais temem pela segurança de seus empregos. Em resposta ao anúncio, alguns colaboradores manifestaram a esperança de que a empresa encontre maneiras de manter a operação com a força de trabalho atual e melhore a estratégia de produtos.


O CEO da Nissan, Makoto Uchida, afirmou sentir um profundo pesar pela situação, reconhecendo o impacto que as demissões terão na vida dos funcionários e de suas famílias. Uchida anunciou também que renunciará a 50% de sua própria remuneração, uma tentativa de assumir a responsabilidade pelos desafios enfrentados pela empresa.


Essa decisão marca um momento crítico para a Nissan, que está buscando não apenas recuperar a confiança do mercado, mas também inovar em sua linha de produtos para se alinhar às novas demandas dos consumidores globais. Embora o anúncio da reestruturação e das demissões tenha causado inquietação, há também uma esperança de que a empresa aproveite esse momento para reavaliar sua estratégia, especialmente em relação ao desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e mais competitivas em mercados globais.


A crise da Nissan revela os desafios enfrentados pela indústria automobilística em um mundo cada vez mais dominado pela eletrificação e por novas tecnologias.


Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução

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