Com a aproximação das eleições gerais no Japão, a questão dos subsídios para eletricidade, gás e gasolina se tornou um ponto central de debate. O governo e partidos políticos estão divididos quanto à possibilidade de prolongar esses auxílios, que expiram em outubro e dezembro. Caso o governo decida encerrar os subsídios, os impactos diretos nas famílias japonesas serão significativos.
A retirada dos subsídios afetará, principalmente, as contas de eletricidade e gás, que já registraram aumentos substanciais. Em agosto, o índice de preços ao consumidor mostrou uma alta de 26,2% na eletricidade e 15,1% no gás urbano em comparação ao ano anterior. Sem os subsídios, a conta de luz de uma família média japonesa pode aumentar em torno de 7.000 ienes mensais, enquanto o gás urbano pode subir entre 3.000 e 5.000 ienes, dependendo do consumo e da região. Além disso, os preços de gasolina também sofreriam impacto, elevando o custo do transporte e aumentando ainda mais a pressão sobre o orçamento das famílias.
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Embora o subsídio seja uma medida de alívio, sua continuidade está sob escrutínio devido ao elevado custo fiscal. Já foram destinados mais de 11 trilhões de ienes ao programa, e membros do governo estão preocupados com a sustentabilidade dessa política e com a necessidade de priorizar investimentos em iniciativas de descarbonização.
Em um momento em que os salários reais continuam caindo, o fim dos subsídios poderá piorar a situação financeira de milhões de lares japoneses, especialmente com o aumento da demanda por aquecimento durante o inverno. No entanto, o governo ainda não tomou uma decisão final, e o resultado das eleições pode ser um fator decisivo para o futuro dessas medidas de alívio.
Fonte: Yahoo Japan
Foto: Reprodução